Publication date: Available online 17 July 2018
Source: Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
Author(s): Gabriela Costa Andrade, Flavia Coimbra Pontes Maia, Gabriela Franco Mourão, Pedro Weslley Rosario, Maria Regina Calsolari
Abstract
Introduction
The side effects of antithyroid drugs are well known. Antineutrophil cytoplasmic antibody-associated vasculitis is a severe adverse reaction. Most studies evaluating antineutrophil cytoplasmic antibodies related to antithyroid drugs have been carried out with patients treated with propylthiouracil, but less information is available for methimazole. Furthermore, most studies that investigated antineutrophil cytoplasmic antibodies related to antithyroid drugs were conducted on Asian populations.
Objective
To evaluate the frequency of antineutrophil cytoplasmic antibodies and antineutrophil cytoplasmic antibodies-positive vasculitis in an adult population of Brazilian patients treated with methimazole.
Methods
This was a prospective study. We evaluated patients ≥18 years with Graves' disease who have been using methimazole for at least 6 months (Group A, n = 36); with Grave's disease who had been previously treated with methimazole but no longer used this medication for at least 6 months (Group B, n = 33), and with nodular disease who have been using methimazole for at least 6 months (Group C, n = 13).
Results
ANCA were detected in 17 patients (20.7%). Four patients (4.9%) had a strong antineutrophil cytoplasmic antibodies-positive test. The frequency of antineutrophil cytoplasmic antibodies was similar in the groups. When Groups A and B were pooled and compared to Group C to evaluate the influence of Grave's disease, and when Groups A and C were pooled and compared to Group B to evaluate the influence of methimazole discontinuation, no difference was found in the frequency of antineutrophil cytoplasmic antibodies. No difference was observed in sex, age, etiology of hyperthyroidism, anti-TSH receptor antibodies, dose or time of methimazole use between patients with versus without antineutrophil cytoplasmic antibodies. The titers of these antibodies were not correlated with the dose or time of methimazole use. None of the antineutrophil cytoplasmic antibodies-positive patient had clinical event that could potentially result from vasculitis.
Conclusion
This clinical study of a Brazilian population shows a considerable frequency of antineutrophil cytoplasmic antibodies in patients treated with methimazole but the clinical repercussion of these findings remains undefined.
Resumo
Introdução
Os efeitos adversos de drogas antitireoidianas são conhecidos. Vasculite associada a anticorpos anticitoplasma de neutrófilos é uma reação adversa grave. A maioria dos estudos avaliando anticorpos anticitoplasma de neutrófilos relacionado a drogas antitireoidianas envolveram pacientes tratados com propiltiouracil, entretanto menos informação se encontra disponível para o metimazol. Além disso, a maioria dos estudos que investigaram anticorpos anticitoplasma de neutrófilos relacionado a drogas antitireoidianas foram conduzidos em populações asiáticas.
Objetivo
Avaliar a frequência de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos e vasculite anticorpos anticitoplasma de neutrófilos-positivo em uma população adulta de pacientes brasileiros tratados com metimazol.
Método
Este foi um estudo prospectivo. Avaliamos pacientes ≥ 18 anos com doença de Graves usando metimazol há pelo menos 6 meses (Grupo A, n = 36); com doença de Graves previamente tratados com metimazol, mas não usando este medicamento por pelo menos 6 meses (Grupo B, n = 33) e com doença nodular em uso de metimazol há pelo menos 6 meses (Grupo C, n = 13).
Resultado
Anticorpos anticitoplasma de neutrófilos foram detectados em 17 pacientes (20,7%). Quatro pacientes (4,9%) tinham anticorpos anticitoplasma de neutrófilos fortemente positivos. A frequência de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos foi semelhante nos grupos. Quando os Grupos A e B foram somados e comparados ao Grupo C para avaliar a influência da doença de Graves, e quando os Grupos A e C foram somados e comparados ao Grupo B para avaliar a influência da interrupção do metimazol, não foi encontrada diferença na frequência de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos. Não houve diferença em relação a sexo, idade, etiologia do hipertireoidismo, anticorpos antireceptor de TSH, dose ou tempo de uso de metimazol entre pacientes com e sem anticorpos anticitoplasma de neutrófilos. Os títulos desses anticorpos não se correlacionaram com dose ou tempo de uso de metimazol. Nenhum paciente anticorpos anticitoplasma de neutrófilos-positivo apresentou evento clínico resultante de vasculite.
Conclusão
Este estudo clínico de uma população brasileira apresenta frequência considerável de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos em pacientes tratados com metimazol, mas a repercussão clínica deste achado permanece indefinida.
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